Existe uma linha tênue que separa a hipersexualidade do desejo sexual intenso, de uma conduta sexual compulsiva. Assim, da mesma maneira que o vício de algumas substâncias caracterizam a dependência como uma doença, a hipersexualidade também. Contudo, pelo caráter positivo vinculado ao sexo e como a prática sexual possui inúmeros benefícios para a saúde. Assim, é possível mascarar as consequências da hipersexualidade por um período.

Porém, apenas nos damos conta do problema quando ele começa a interferir nas nossas relações pessoais, inclusive no trabalho ou nos estudos. Portanto, a hipersexualidade também deve ser entendida como uma atitude compulsiva e se não for tratada, ao largo prazo poderá acarretar problemas maiores e em alguns casos irreversíveis.

Como reconhecer a hipersexualidade

Mas além dos debates atuais, o problema existe e está presente na nossa sociedade há muito tempo. Dessa forma, o primeiro passo para começar a se entender está em fazer uma autoanálise para entender se o desejo sexual intenso se trata de uma compulsão.

Dessa maneira, não poder controlar as fantasias e os impulsos sexuais pode servir como uma excelente maneira de entender se existe um problema real. Em outras palavras, ter fantasias sexuais é extremamente normal e saudável. Porém, em algumas ocasiões, essas fantasias passam ocupar uma grande parte do tempo da vida dessas pessoas. Logo representando um problema de saúde já que o impulso já não pode ser facilmente controlado pela nossa consciência.

Sexo apenas para ocultar problemas

Um dos maiores benefícios do sexo está relacionado com um descenso nos níveis de estresse. Além do mais promove um desenvolvimento neuronal, como potencializa o funcionamento do nosso sistema cardiovascular, incluindo o coração.

Por essa razão, quando a prática sexual se torna uma compulsão, as relações sexuais servem apenas como uma maneira de escapar da solidão, da ansiedade dos sintomas da depressão. Em suma, o que ocorre depois de um orgasmo está relacionado com um alívio transitório da sensação de mal-estar, caracterizando a prática compulsiva como uma maneira de obter os benefícios do orgasmo.

A hipersexualidade e a dificuldade em estabelecer relações afetivas

Decerto, as práticas derivadas da hipersexualidade como a prática do sexo casual, consumo de pornografia, consumo de drogas são consequências diretas do problema. Por isso, as pessoas que sofreram com a hipersexualidade se sentem menos predispostas a estabelecer relações afetivas.

Mas essa problemática não se resume apenas nas relações amorosas, como também tem um efeito direto nas relações afetivas com familiares, amigos. Ou seja, os estados de insatisfação, vergonha e angustia permanente são respostas psicológicas oriundas da exposição sexual com efeitos negativos para a saúde mental do indivíduo.

O que fazer se sofro com os problemas da hipersexualidade?

Devido as consequências negativas da hipersexualidade a longo prazo, se você pensa que poderia sofrer dos efeitos negativos da hipersexualidade, respira, esse não é o fim do mundo. De fato, nossa vida cotidiana está construída em cima de hábitos e hipersexualidade pode ser uma consequência direta de vários tipos de hábitos.

Dessa maneira, se você acredita sofrer com a hipersexualidade, a melhor maneira de se entender de verdade seria buscando a ajuda de um profissional. Assim, um bom psicólogo especializado em sexologia te auxiliará a encontrar esses pequenos hábitos para substituí-los por novos hábitos que promovam uma melhor qualidade de vida, tanto física com mental.